Imagens da Noite: Sobre raça e racialização + livro

R$195.00

CURSO IEP (150$) + LIVRO na promoção (45$)

O curso ocorrerá nas segundas-feiras, do dia 11/11 ao dia 02/12, às 19hrs. As aulas serão ministradas através da plataforma Zoom e ficarão gravadas em nosso Google Drive, podendo ser assistidas na modalidade assíncrona por até 60 dias. Há emissão de certificado ao final.

Categoria:

Descrição

O que é raça? Que tipo de coisa ela é, qual seu modo de existência? Quais foram e são seus usos — dos mais “inocentes” e sutis até os mais escandalosos, monstruosos, apocalípticos? Se falamos de raça no presente, se dela falamos como uma invenção propriamente moderna e colonial, o que mudou e o que permaneceu desde então? Este curso será um esforço filosófico de responder a essas perguntas. Isso será feito a partir de alguns deslocamentos: do empírico ao metafísico, do local ao global e, sobretudo, do par negro-branco à multidão de processos de racialização ancorados nessa invenção peculiar chamada “raça”. Ao longo do curso, analisaremos estas indagações a partir do trabalho de Achille Mbembe, Alessandra Raengo, Anne Cheng, Denise Ferreira, Édouard Glissant, Frank Wu, Frantz Fanon, Lélia Gonzalez, Saidiya Hartman e Stephen Best.

O curso é baseado no livro “Imagens da noite” de Victor Galdino que está saindo pela editora GLAC. Se inscrevendo no curso, é possível comprar o livro com 40 por cento de desconto.

Aulas

Aula 01 (11/11): Sobre o estatuto ontológico da raça

Aula 02 (18/11): As potências noturnas da alma

Aula 03 (25/11): A matéria do mundo

Aula 04 (02/12): Os tempos da diáspora negra

Aula inaugural

Em breve, no nosso canal no YT!

Sinopse do livro

Imagens da noite: ensaios sobre raça e racialização faz um convite, uma proposta e um retrospecto. Consequentemente inverso, o caminho é: primeiro, avaliar de maneira crítica um conjunto diverso de produções teóricas estrangeiras, sobretudo os recentes black studies estadunidenses, para submetê-los a um uso filosófico que se nega a apenas comentar ou tentar importá-los; segundo, sugerir um distanciamento do binarismo negro/branco, recorrendo aos múltiplos caminhos de ser-racializado, dentro e fora das diásporas nas Américas; e, por fim, terceiro, quer dizer, desde o início, chamar para pensar a raça além do racismo em uma conjura que refigure um mundo, ademais do sofrimento exposto nas inúmeras denúncias de violência. Mas, Victor Galdino não para diante destes três saltos curvos, ele reclama constantemente nas entrelinhas do texto por um novo conceito filosófico de raça.

Tudo isso em uma costura que reúne uma multidão de referências que nem sempre estão em sintonia, mas que, ainda assim, podem ser deslocadas na elaboração desse novo mosaico teórico, participando de um todo coerente sem deixar de ser aberto, incompleto.

Cinco ensaios com estilos mais ou menos diferentes, uma forma literária sem-forma escolhida pela liberdade de movimentação que oferece. Por isso mesmo, o livro não entrega o que importa, pelo menos não de maneira didática — pois o que interessa, igualmente, é tudo o que é desprezado: as estranhas voltas que os textos dão, as digressões, as maneiras insubordinadas de composição textual, as colagens muitas vezes impróprias de citações, as corrupções da linguagem… É um livro que é preciso ter atenção, uma atenção sensível, uma disponibilidade para a participação nos movimentos que as palavras fazem. O que se exige, afinal, nos usos filosóficos da linguagem, não é a captura de um conteúdo mais ou menos assimilável, e sim uma série de deslocamentos na forma de pensar o assunto proposto? Pois bem, aqui o experimentum se dá enquanto a escrita se materializa nos esforços dos caminhos do pensamento e não quando encontra ela mesma a maneira de representar aonde se chegou.

Por isso, os ensaios neste livro passam por temas clássicos da história da filosofia: a relação entre o um e o múltiplo, ser e entes, essência e existência; o conceito de eu, a questão da liberdade, a natureza do real, o problema da verdade, dentre outros. Não sem passar por outros campos e pô-los em relação a: como a psicanálise, a história, a sociologia e a antropologia. Tanto para informar essas meditações em diferentes estilos ensaísticos,

como para fazer uma série de apropriações e expropriações das ditas “verdades universais”.

A vocação da filosofia nunca foi oferecer respostas, mas repensar as perguntas, propor maneiras novas de lidar com as coisas que nos interessam, ou até propor novos objetos de interesse. A oferta é a seguinte: e se pensássemos raça como se fosse isso ou aquilo? Para onde isso nos levaria? É um convite que pode ser recusado. Tudo bem: não há verdades factuais nele que nós urgentemente precisamos saber, a não ser as que são usadas como meios para outros fins, caminhos da inverdade. Além disso, não há forma de pensar que sirva para toda e qualquer pessoa.

Se você tiver interesse, porém, em novos conceitos, ainda que não situados no interior de uma teoria, de um sistema filosófico encerrado em si mesmo, por que não dar uma olhada nestes ensaios sobre raça e racialização?

Ministrante

Victor Galdino é filósofo, professor e tradutor. É bacharel, mestre e doutor em Filosofia pela UFRJ e formado em Psicanálise no Corpo Freudiano. Trabalha com Filosofia do Imaginário, Filosofia da Linguagem, Ética e História da Filosofia Ocidental e Oriental.

Bolsas

Temos bolsas para alunos cotistas e pessoas trans. Para solicitar uma bolsa, enviar e-mail para estudosdopresente@gmail.com falando, brevemente, sobre o seu interesse no curso e pertencimento aos grupos mencionados.